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Brasil: Solidaridad con el Movimiento de Liberación de los Sin Tierras (MLST)

8. June 2006

Gobierno de Lula reprime protesta campesina

Reproducimos informaciones tomadas de Indimedia Brasil sobre la reciente accià³n de protesta del Movimiento de Liberacià³n de los Sin Tierras de Basil (MLST) que culminà³ con la toma del parlamento nacional para la entrega de una carta de pedidos por los campesinos al presidente del parlamento Aldo Rebelo de la coalicià³n gubernamental (PCdoB). Declaramos nuestra plena solidaridad al MLST y rechazamos la represià³n violenta de la coalicià³n de Lula y sus aliados “comunistas” (PCdoB) en contra del descontento popular. Es una muestra clara de la continuidad neoliberal no sà³lo en materia econà³micas y en particular la falta de reforma agraria, sino tambià©n en la forma reaccionaria de responder a la protesta popular con la violencia.

Comite Polà­tico del Campo Antiimperialista
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Coordenador
do MLST diz que manifestantes foram impedidos de apresentar pedidos

Por Iolando Lourenà§o (Repà³rter da Agàªncia Brasil)

Brasà­lia – O coordenador do Movimento de Libertaà§à£o dos Sem Terra (MLST),
Marcos Praxedes, informou que os manifestantes que està£o nas dependàªncias do
Congresso vieram à  Casa apresentar uma pauta de reivindicaà§àµes e foram barrados
pelos seguranà§as. Segundo ele, a violàªncia partiu dos guardas, que
“partiram para cima da gente. E aà­ a gente se defendeu”. Praxedes
estima que cerca de 1.300 integrantes do MLST estejam no Congresso neste
momento.

Segundo ele, o Congresso ouve reivindicaà§àµes de banqueiros, usineiros e
empresários, mas nà£o querem ouvir os trabalhadores. “Essa à© uma casa do
povo, construà­da com dinheiro público, onde todos tem o direito de ir. Mas aqui
os trabalhadores nà£o sà£o recebidos”, disse.

Os manifestantes, segundo o coordenador do MLST, querem, entre outras coisas, a
derrubada da Medida Provisà³ria que impede as terras ocupadas de serem
vistoriadas e desapropriadas para fins de reforma agrária. Querem tambà©m a
punià§à£o dos criminosos “que mataram nossos companheiros em 2005,
principalmente em Pernambuco”, disse o coordenador do MLST.

Segundo ele, os manifestantes negociam neste momento a formaà§à£o de uma comissà£o
para conversar com os presidentes da Cà¢mara e do Senado para apresentar as
reivindicaà§àµes.

O deputado Paulo Rubem (PT-PE), um dos parlamentares que negocia com os
manifestantes, afirmou que essa invasà£o “nà£o ajuda ninguà©m” e nada
disso teria acontecido se tivesse sido feita uma negociaà§à£o prà©via. “Nenhum
de nà³s aprova invasà£o, e nem queremos a presenà§a da Polà­cia Militar. Vamos
negociar uma saà­da”.

Manifestantes
dizem que sofreram violàªncia de guardas antes de aà§à£o que deixou

Por Iolando Lourenà§o, Raquel Mariano e Rodrigo S

Brasà­lia – Os integrantes do Movimento de Libertaà§à£o dos Sem Terra (MLST)
alegaram que sofreram violàªncia dos guardas na entrada do Congresso Nacional
antes de invadir e depredar as dependàªncias da Casa.

Apà³s a manifestaà§à£o, 20 feridos foram encaminhados para o posto mà©dico da
Cà¢mara. Entre eles, 18 sà£o seguranà§as e dois sà£o sem-terra. O caso mais greve à©
do coordenador de Apoio Logà­stico do Departamento de Polà­cia Legislativa,
Normando Fernandes, que está internado na UTI do Hospital Santa Lúcia, com
afundamento craniano frontal esquerdo e edema cerebral, segundo a diretoria de
Comunicaà§à£o da Cà¢mara.

O presidente da Cà¢mara dos Deputados, Aldo Rebelo, deu ordem de prisà£o aos
manifestantes e deixou sob responsabilidade dos seguranà§as da Casa a
identificaà§à£o e prisà£o dos responsáveis. Apà³s a medida, os manifestantes
resolveram deixar o Congresso Nacional. Segundo um dos coordenadores do MLST,
Marcos Praxedes, os manifestantes vieram à  Casa apresentar uma pauta de
reivindicaà§àµes e foram barrados pelos seguranà§as. Segundo ele, a violàªncia
partiu dos guardas: “Eles partiram para cima da gente e aà­ a gente se
defendeu”.

Centenas de manifestantes chegaram pela portaria do Anexo 2, tentando entrar no
Congresso Nacional. Os seguranà§as tentaram barrar a entrada das pessoas, sem
sucesso. Houve tumulto e uma porta de vidro acabou se partindo. Um carro
vermelho novo estacionado na entrada do Congresso, que seria sorteado em uma
promoà§à£o, foi virado de cabeà§a para baixo. Pelo chà£o, ficaram papà©is picados e
estilhaà§os de vidro. Nesse momento, o presidente da Cà¢mara dos Deputados pediu
que os deputados abandonassem as comissàµes e fossem para o plenário. A confusà£o
toda levou cerca de uma hora.

O Movimento de Libertaà§à£o dos Sem Terra, que invadiu o Congresso Nacional, à© o
mesmo que no ano passado realizou uma manifestaà§à£o no Ministà©rio da Fazenda
para exigir o desbloqueio de R$ 2 bilhàµes do orà§amento da reforma agrária. O
movimento surgiu em agosto de 1997 e à© formado por militantes de esquerda e por
ex-lideranà§as do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Atualmente,
o MLST à© organizado principalmente no estado de Pernambuco, e possui
representantes em Goiás, Minas Gerais, Sà£o Paulo e Maranhà£o.

Carta de
manifestantes pede fim da vistoria em terras ocupadas e votaà§à£o da PEC

Por Valà©ria Amaral (Da Agàªncia Brasil)

Brasà­lia – Minutos antes de ser preso pelo Polà­cia Militar do Distrito Federal,
um dos là­deres do Movimento de Libertaà§à£o dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhà£o,
leu para os jornalistas a carta de reivindicaà§àµes que entregou ao presidente da
Cà¢mara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele disse que foi recebido por Aldo
depois de explicar que nà£o estava envolvido com a depredaà§à£o nas dependàªncias
da Casa: “Nà£o comeà§ou com a gente, tentei explicar para ele [Aldo], estava
muito tumultuado, mas assim mesmo consegui dizer para ele pegar a carta”.

A carta nomeia a invasà£o como “rápida visita surpresa” e traz sete
propostas: a revogaà§à£o da lei que proà­be a vistoria em terras ocupadas; a
votaà§à£o imediata da PEC para que as propriedades onde haja trabalho escravo
destinem suas terras para a reforma agrária; a atualizaà§à£o imediata no nà­vel de
produtividade – propriedades com dà©bito junto à  Unià£o devem ser desapropriadas
e destinadas para fins de reforma agrária; a punià§à£o aos crimes ambientais
praticados pelas grandes empresas do agronegà³cio e as empresas urbanas
poluidoras; a recuperaà§à£o para fins de reforma agrária das terras da Unià£o
griladas pelo agronegà³cio; e a reestatizaà§à£o da Companhia Vale do Rio Doce.

Maranhà£o tambà©m disse esperar “que a nossa atitude seja compreendida como
um grito de alerta de um dos setores mais sofridos do nosso povo, de que à©
necessário avanà§ar na democratizaà§à£o econà´mica, polà­tica e social do
paà­s”.

A invasà£o de hoje deixou 26 pessoas feridas e uma em estado grave. Na carta, a
coordenaà§à£o do MLST informa que “estamos aqui afirmando a cidadania
popular, que nada mais à© do que o povo organizado exercendo o seu livre direito
à  democracia participativa, desempenhando o papel de protagonista direto das
transformaà§àµes polà­ticas e econà´micas e sociais”. E acrescenta: “Esse
à© o conteúdo e a forma desse ato polà­tico pacà­fico que o MLST desenvolve no
Congresso Nacional, sede da democracia participativa”.

Maranhà£o explicou que foi informado por um dos manifestantes, por telefone
celular, da invasà£o e da depredaà§à£o. E que estava no gabinete do deputado
Nelson Pellegrino (PT-BA) tirando cà³pias da carta de reivindicaà§àµes que seria
entregue ao presidente da Cà¢mara. Indagado se houve descontrole na aà§à£o, ele
enfatizou que o tumulto ocorreu porque os seguranà§as da Casa comeà§aram a
agredir os manifestantes: “Eu nà£o me arrependo, porque nà³s nà£o somos
và¢ndalos, nà£o fizemos nenhuma aà§à£o de violàªncia”.

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